
Essa aconteceu com minha prima, Mi, quando ainda morava em Belo Horizonte.
“Às 7 horas da manhã eu já estava no ônibus. Meio sonolenta, é verdade, mas se sono fosse desculpa para deixar de trabalhar, as empresas iriam a falência.
Em um determinado ponto do trajeto, dois homens subiram no ônibus. Estavam bem vestidos, de paletó. Pagaram a passagem e passaram a catraca. Um deles olhou para os passageiros e anunciou:
- É isso aí pessoal. Isso aqui é um assalto. Documento pessoal e cartão de crédito não me interessam. Eu quero dinheiro, celular, aliança ou corrente de ouro, relógio. Não precisa chorar e gritar (abriu o paletó e mostrou uma arma). Vai ser rapidinho. Vou passar a sacola e vocês vão colocando tudo aqui.
Eu só tinha meu vale transporte. E ele quis.
Depois de recolher todos os objetos de valor das pessoas que estavam no ônibus, ele se virou e abriu a boca para falar novamente. Pronto, pensei. Mudou de ideia e quer os documentos e cartões de crédito.
- Ah! Outra coisa. Hoje é aniversário do meu companheiro aqui. Então eu quero todo mundo cantando parabéns para ele.
Como assim, sou assaltada às 7h da manhã e o fulando ainda quer que eu cante parabéns para o comparsa dele? Ele só pode estar brincando.
O silêncio continuou dentro do ônibus. Então, o ladrão tirou a arma do paletó e a apontou para o teto:
- Vocês vão cantar ou vou ter que forçar a situação?
Bom. Já que ele pediu com tanto jeitinho, o ônibus inteiro resolveu cantar em uníssono.
- Parabéns pra você!!!! Nessa data querida....”