quarta-feira, 3 de setembro de 2014

POBREMA x POBLEMA

*Por Talita Curralo

A amiga da minha mãe presenciou essa cena e nos contou:



​​No ponto de ônibus, duas mulheres estão conversando. Certo momento, uma vira pra outra e diz:

- Menina, você sabe o que eu descobri? A diferença entre POBREMA e POBLEMA!

- Ah é?! Não sabia! Qual é?

POBREMA são as coisas da Matemática. Tipo assim: "Resolvi os pobremas de matemática!" 

e POBLEMA são as coisas do coração... da vida, aquelas coisas que a gente sente, sabe?"

- Ah, tá! Entendi."


E você, o que tem? POBREMA ou POBLEMA?






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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Etiqueta no transporte público

Qual foi a coisa mais bizarra ou falta de educação/respeito que já você já viu no ônibus, trem ou metrô?

Depois de tantas coisas que já presenciamos nos transportes públicos, não custa nada dar uma mãozinha para o bom senso, né?

Abaixo, algumas dicas bacanas para viver em harmonia no nosso busão de cada dia, relembrando nossa colaboração em uma matéria especial sobre o tema no portal iG:





Volumes 
Sacola de compras numa mão e mochila nas costas? Carregue na mão, perto do corpo, e tente sair de perto das portas. “É algo pequeno, mas que faz diferença no horário de pico”, diz Tereza.
Som na caixa 
Música no transporte público, só se for no fone de ouvido. É totalmente errado forçar os outros a compartilharem do seu gosto musical. “Houve um aumento expressivo do uso de aparelhos sonoros e das consequentes reclamações sobre eles no metrô”, comenta Cecília. “A próxima campanha, prevista para esse ano, vai focar neles como um dos temas principais.” Em locais fechados, é educado manter um tom de voz moderado. “Falar alto no telefone ou com outra pessoa é péssimo”, afirma Tereza.
Se seus ouvidos forem vítimas da seleção musical dos companheiros de viagem, para evitar conflitos, é melhor apelar à instâncias superiores. “A pessoa que está ouvindo rádio pode achar que o passageiro do lado não tem autoridade para criticar. O usuário precisa cobrar do sistema de transporte que coíba o abuso”, sugere Ivna Muniz.
Mantenha distância 
“Muita mulher é bolinada no ônibus. A gente sente e sabe quando tem má intenção”, conta Tereza. Para evitar esse constrangimento, a tática é usar o cotovelo ou a bolsa para criar um espaço entre o próprio corpo e de quem está encostando. Além, claro, de nunca dar as costas para um homem. “Se você é homem, tente dar um espaço.”
Embarque rápido 
“No embarque e desembarque, não segure as portas do trem porque atrasa a circulação”, alerta Cecília. Sempre que um usuário segura portas no metrô, atrasa o sistema todo e causa transtorno a todos os outros passageiros.
Para acelerar o embarque e o desembarque, evite ficar parado em locais de passagem. Deixe o lado esquerdo das escadas rolantes livre. Não fique parado na porta se estiver longe da estação ou do ponto em que você vai descer. O ideal é aproximar-se um ou dois pontos ou estações antes. E, claro, não atropele nem empurre quem está tentando sair.
Boca no trombone
Se presenciar comportamentos que incomodem, use os canais de comunicação com o usuário para reportar o fato às concessionárias da linha, seja no metrô, no trem ou no ônibus. As reclamações dos usuários são um forte indicador do que é prioridade na fiscalização e nas campanhas educativas. “Temos novas ferramentas e tecnologias que tem ajudado, como o 'sms-denúncia'. Começou ano passado e fechamos o ano com 50 mil mensagens por celular, denunciando uso indevido de assento preferencial, gente com pé no banco, fazendo bagunça, vendedor ambulante”, conta Cecília.
Constrangimento educa Vale chamar a atenção do usuário que esteja sendo mal educado? Sim, desde que seja de forma educada, cortês e discreta. “Falta de educação constrange. Mesmo quem gosta da crítica precisa obedecer as regras. E se a pessoa não for sensível, registre a reclamação”, orienta Ivna Muniz, consultora de etiqueta.
Assentos prioritários 
É frequente que gestantes, idosos, deficientes físicos e obesos sejam ignorados por outros usuários, que chegam a fingir que estão dormindo para não terem que ceder o lugar. “Se você já cedeu seu lugar e está presenciando essa situação deve interferir”, afirma Ivna. “Vale até acordar quem está ‘dormindo’.”
Não precisava nem dizer, mas está fora de questão questionar a veracidade da gravidez ou da deficiência de quem pede a vaga. Se a pessoa está pedindo, pode ter uma necessidade específica que a torna mais vulnerável, mas que não esteja aparente. Não é nada elegante pedir uma “prova” de que ela precisa mesmo.
Passagem
Quem não tem bilhete único, deve separar o dinheiro antes, para não ficar um tempão caçando o dinheiro na bolsa ou carteira”, diz Tereza. Além de poupar tempo, isso vai diminuir a irritação dos usuários que estão na fila para comprar passagem ou passar pela catraca.
Lixo 
“Jamais jogue lixo pela janela do ônibus”, adverte Tereza. Nem todo coletivo dispõe de lixeiras, mas isso não justifica largar vestígios em local público. Se tiver lixo para descartar, como embalagens vazias, guarde até a próxima lixeira. Também não vale jogar no chão nem esconder pelos cantos.
Gentileza gera gentileza 
É preferível ceder a vez a disputá-la a tapas. Da mesma forma, se estiver sentado, é gentil se oferecer para carregar bolsas e livros de quem está de pé ao seu lado. “Oferecer-se para carregar as coisas de quem está de pé do seu lado é uma forma de gentileza. E evita que a bolsa fique encostando na sua cabeça!”, diz Tereza. 

“O ‘espertinho’ quer entrar pelo embarque preferencial ou passar por baixo de espaços confinados. As pessoas reclamam muito deles”, diz Cecília. Tentar levar vantagem não compensa, já que o usuário pode ser advertido se desrespeitar as regras. Melhor não correr o risco de passar vergonha, não?

Para ver a matéria completa, clique aqui!


*imagem: portal Zero Hora

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Cena musical

E você aí achando que dança muito...

Quero ver você se exibir assim no metrô!







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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Não aguenta? Bebe leite!


*Por Tereza Cristhina

A cena da vez é clássica! Algumas pessoas me conheceram por causa dela. Mas, veja bem, não tenho orgulho de contá-la, mas preciso compartilhar a pior cena de busão da minha vida.

Saindo da agência onde fazia estágio, na hora do rush, às 18h, fui para um dos pontos de ônibus mais concorridos da Av. Sumaré, zona oeste de São Paulo. Chegando lá, no ponto lotado - obviamente -, uma pessoa chamava a atenção de todos: um bêbado. Aliás, os bêbados sempre chamam a atenção, mas esse ficava pra lá e para cá, andando entre as pessoas e falando sozinho - com aquele hálito ma-ra-vi-lho-so #SQN. 



Eu estava ficando levemente irritada. Não bastasse o estresse do dia, o trânsito e a quantidade de pessoas que lotariam o busão, o bebum ainda não ficava quieto num canto? Mas, "Ok", pensava eu, logo ele ia embora em outro ônibus... Porque, claro que ele não entraria no mesmo que eu, né? Ele tinha muitas opções: Cohab Educandário, Pinheiros, Cohab não sei das quantas, Vila alguma coisa... MENOS o Metrô Vila Mariana, o mesmo ônibus que eu pegaria. Na minha cabeça eu tinha certeza que ele não iria nesse.

Oba, o Vila Mariana chegou! E metade de ponto correu (imaginem a cena, por favor. Agora um pouco pior). Bom, fui uma das primeiras a entrar e já fui direto para o fundo. Alguns minutinhos depois, sinto um cheiro forte. Olho pra trás e quem está lá? O bêbado! Quase chorei (ok, exagerei). Falava pra mim mesma: “Calma, Tereza, deixa ele quietinho aí... já, já você desce”. O grande problema é que ele não parava quieto (ah, novidade!). Ele falava o tempo todo nada com nada, com um bafo insuportável e babando. Sim, babando. Nem olhava pra trás, e pior que nem tinha como mudar de lugar porque o busão estava bem cheio. E até vi um cara ‘brigando’ com ele, pedindo pra ficar quieto porque estava incomodando as pessoas.

Bom, mas como eu atraio cenas bizarras, começou meu tormento. Como estava de costas pra ele, tudo o que fazia vinha na minha direção: se ele falava, o bafo vinha pra mim. Se cantava, o bafo vinha pra mim. Se ele se mexia, o bafo vinha pra mim. Ou seja, bem-vinda ao bafo do bêbado!

Na metade do caminho, ele começa a espirrar - sim, um espirro muito forte. Pior, sem proteger o nariz! Ou seja, senti uma VENTANIA de espirro na minha perna (estava de saia, olha que legal). Fiquei ainda mais irritada. Ele fez isso umas duas vezes, mas eu ainda continuava quieta. A única coisa que eu fazia era olhar pra trás com olhar fulminante, mas toda vez que eu olhava, ele tava com as mãos penduradas no ferro com o olho virado: ele estava MUITO bêbado. Nessa hora tive a certeza que ele nem sabia onde estava.

Tentando manter minha reputação, continuei quieta, mas já estava com muita raiva da criatura (todo mundo, na verdade). Até que chegou a hora mais INESPERADA. Depois de espirrar sem ao menos colocar a mão no nariz, o bebum faz uma coisa que você só faz sozinho na sua casa ou no banheiro: puxou todo o catarro que estava preso (sim, ele fez isso. sim, CATARRO), e por um segundo, pensei: "CÉUS, ele não fez isso, não... escutei errado, só poder ser. Sim, ele fez.. Mas CLARO que ele vai devolver, ÓBVIO que ele não vai jogar isso aqui, não tem como, ele está dentro de um ônibus...” Enquanto eu ainda estava pensando no que ele NÃO deveria fazer, ele já tinha feito. Olhei para o chão, pertinho do meu pé, e vi o catarro no chão. NOJO! Foi a hora que eu morri e a outra Tereza apareceu.

Vermelha feito pimenta, virei pra trás, tirei a bolsa do ombro, olhei bem pra ele, apontei o dedo e gritei: “Seu maluco! Você acha que você está onde? Viu o que você fez, seu nojento? Você não respeita as pessoas? Como você tem coragem de fazer isso aqui? E blá, blá, blá..." 

SILÊNCIO no busão. Todos me olhavam. Recado dado, virei pra frente e fingi que nada aconteceu (mentira, tava morrendo de vergonha). 

Quase pra descer, alguém me cutuca! Sim, o bêbado. E diz:

"MOÇA, DESCULPA". Ele CHORA e diz de novo: "Desculpa, moça. Não fiz por mal." 
Ele chora e baba. Pede desculpas, chora e baba...

Desci do busão e não acreditei que tinha passado por aquilo. E pra completar, alguns dias depois, sou reconhecida: "Olha, foi você que brigou com o bêbado no ônibus, né?"

TINHA GENTE DA AGÊNCIA NO BUSÃO. 

E a minha reputação?





*imagem YouTube

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domingo, 1 de julho de 2012

Esmola da discórdia

*Por Isis Coelho

"Eram 6h30 da manhã e eu já estava a pleno vapor, dentro de um ônibus rumo a faculdade. Sou daquelas pessoas irritantes, que acorda de bom humor, querendo abraçar o mundo e sorrindo para todas as pessoas que cruzam meu caminho.

Mas neste dia eu estava na minha, lendo um livro qualquer, que prendia totalmente minha atenção até uma moça entrar no ônibus e sua choradeira me tirar do mundo da fantasia. Ela demorou alguns minutos para se acalmar e começar a falar.

Com a mão na barriga, explicou que estava em São Paulo a pouco menos de uma semana. Tinha chegado com o marido para tentar a vida na cidade grande, mas uma grande tragédia tinha impedido um começo feliz. Logo na chegada, eles foram assaltados e diante da recusa do marido em entregar as malas, os assaltantes balearam o moço - que não resistiu e morreu. E eles levaram as malas.

Para deixar a história ainda mais desesperadora, a mocinha havia descoberto que estava grávida. E, sem dinheiro para nada, estava a beira de ficar louca de tanto desespero. Queria a família - que também estava tentando juntar as economias para levá-la de volta à terra natal.

Aquela história partiu meu coração. Abri a carteira e entreguei, sem dó, os únicos R$5 que tinha. Ela  agradeceu as contribuições e desceu do ônibus. Era aparente o desconforto das pessoas que tinham presenciado a cena. Que tragédia, que tragédia mais triste!

Passei o dia pensando naquela moça, torcendo para que ela conseguisse arrecadar dinheiro suficiente para que pudesse voltar para o aconchego da família.

O tempo passou e eu esqueci daquele rosto, que me tocou profundamente. Certo dia lá estava eu de novo, no ônibus. E eis que ela entra de novo, chorando do mesmo jeito, contando a mesma história. Eu não conseguia acreditar no tamanho da CARA DE PAU daquela pessoa. Pô! Se quer dar o golpe, seja mais inteligente: Faça em horários  e em linhas diferentes.

Quando eu vi o senhor ao meu lado tirar 10 paus da carteira eu levantei e fui direta:

"Ninguém dá dinheiro para essa golpista aí. Faz um mês que ela entrou no ônibus e contou a mesma história. Eu dei o dinheiro que tinha na carteira para ela e, o pior, fiquei torcendo para que ela pudesse ter uma gravidez tranquila depois de tanta tragédia. Desce desse ônibus minha filha, se você não quiser levar um chute na bunda".

E ela desceu.
E todo mundo ficou olhando para mim. 
E eu nem liguei de passar por louca.

Tudo bem pedir dinheiro. Desde que não me engane e não me faça de idiota. Prefiro que seja sincero e diga que o dinheiro é pra pinga. E tenho dito."



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terça-feira, 19 de junho de 2012

Fone, pra que te quero?


Você já teve vontade de surtar no ônibus/metrô por causa de um ser que colocou o volume do celular lá no alto pra escutar uma música que só ele estava a fim de curtir? Tenho certeza que sim. Eu já passei por isso, veja como foi: O celular inglês.

Mas, a moça do vídeo abaixo teve um surto, digamos, especial... hahaha! Acho que o rapaz está tremendo até agora, assista:





Já presenciou uma cenas dessas? Conta pra gente!



* dica da Ana Carla Soler ;-)


terça-feira, 5 de junho de 2012

E quando o motorista e a cobradora não sabem o caminho?


*por Liliane Yoshino


"Moro na Zona Lost de São Paulo e tenho a sorte de ter várias opções de ônibus para chegar ao meu bairro. Mas, existe apenas um; um ônibus que sobe uma rua que cruza com a minha, facilitando a minha caminhada até em casa.

Tá, meu namorado diz que sou preguiçosa porque a distância de um ponto a outro nem é tanta e o tempo que esse ônibus me faz esperar, seria essencial para aquele merecido banho, aquela esticada nas pernas na frente do computador, sem fazer nada...

Mas, sou teimosa e fico esperando-o no ponto (enquanto isso, passam uns três que servem... outros dois sque sem do terminal... Ok, pode ser burrice mesmo). Às vezes tenho sorte, mas, na maioria das vezes, eu não tenho.

Um dia, depois de esperar uns vinte minutos (trinta, quarenta? Prefiro não ter a real noção do tempo perdido), eis que ele aparece. Subo feliz da vida e a cobradora me pergunta:

- Vai até o ponto final?
- Não!

Sento me questionando a dúvida dela. “Será que eles estão pensando em cortar caminho? F*d*u!”. Até que eu ouço-a falar com outra menina:

- Vai até o ponto final?
- Não, vou até a Rua X.
- Ah ta, é porque não sabemos o caminho!

Oi??

Nem a cobradora e nem o motorista sabiam o itinerário da linha! O pessoal, com muito amor no coração, foram o GPS da dupla.

Feliz por terem feito o caminho correto, levanto-me e dou o sinal. No maior susto e soltando um “thank’s God”, o motorista-muito-doido freia achando que eu ia descer no meio do nada!!!

- É aqui que você desce?, a cobradora.
- Não! É no próximo ponto!
- Que rua?
- A próxima, à direita...
- Bom, enquanto tiver passageiro, a gente chega lá!
- É, né... Então torça pra ter pelo menos um que vá até o final a essa hora da noite!
- Né, Zé (omotôdoido)???  A gente chega lá!!!

Desci com pena dos que estavam lá, dormindo.... E sabe que nunca mais os vi?!
Tomara que tenham sido escalados para uma linha que ambos conheçam."




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